APOSTILA 'Dominando a Escala Maior'

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Aula 2 – A formação da Escala Maior Natural

Podemos resumir todo o visto até o momento na figura abaixo. Observe todos os detalhes atentamente:

Note que a única novidade presente na figura é a denominação “graus”, onde eu coloquei um número em algarismos romanos para cada nota natural. Começando pela nota C (que é o grau I) e passando por todas as outras seis notas naturais até voltar ao C novamente, que é o grau VIII (poderíamos também chamar essa nota C de “uma oitava acima” da primeira nota C).

Todas as notas naturais que temos do primeiro C até a sua oitava acima formam a escala de C maior, também chamada de “escala maior natural”.

A melhor definição para “escala” é “uma sucessão de notas que tem distâncias fixas específicas entre elas”.

Temos então que a escala maior é a que apresenta a seguinte sucessão de distâncias fixas (intervalos) entre suas notas:

Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom – Tom – Semitom.

Também podemos dizer que essa é a fórmula de toda escala maior.

Resumindo, qualquer escala maior deve ter sete diferentes notas, enumeradas pelos graus I-II-III-IV-V-VI-VII e depois terminando no grau VIII que será a mesma nota que iniciou a escala. Além disso, toda escala maior deve obrigatoriamente ter as distâncias (ou intervalos) entre seus graus de forma idêntica à fórmula acima.

Vamos então, passo-a-passo, construir escalas maiores de diferentes tonalidades. Começaremos pela escala de A. Toda escala maior têm que ter todas as sete notas musicais, logo o primeiro passo é anotarmos, da nota A (que é a primeira nota da escala, também chamada “tônica”) até a próxima nota A (ou seja, uma oitava acima), todas as notas naturais:

A – B – C – D – E – F – G – A

Mas essa ainda não é a escala de A maior – ainda falta ajustarmos as notas para que cumpram a “fórmula intervalar” de qualquer escala maior, ou seja, “Tom-Tom-Semitom-Tom-Tom-Tom-Semitom”. Após o ajuste das distâncias – no qual será necessário o uso de alguns sustenidos – aí sim temos a escala final:

A – B – C# – D – E – F# – G# – A

Vamos agora construir a escala de Eb maior. O primeiro passo, mais uma vez, é começar pela tônica (Eb) e colocar todas as notas naturais até o próximo Eb:

Eb – F – G – A – B – C – D – Eb

Analisando os intervalos, observamos que há a necessidade de usarmos alguns bemóis para ajustarmos à fórmula da escala maior. O resultado final é:

Eb – F – G – Ab – Bb – C – D – Eb

Vamos fazer um último exemplo, a escala de F#. É sempre o mesmo caminho! Vamos começar pela tônica (F#) e colocar todas as notas naturais até o próximo F#:

F# – G – A – B – C – D – E – F#

Temos agora que ajustar as distâncias entre os graus, conforme a fórmula da escala maior (T – T – ½T – T – T – T – ½T). Para isso necessitaremos acrescentar alguns sustenidos, e o resultado final fica:

F# – G# – A# – B – C# – D# – E# – F#

Você pode estar pensando: “mas como assim ter surgido um E#? A próxima nota depois da E é direto a F.

Sim, faz sentido! Meio tom acima da nota E temos imediatamente a nota F, não existindo uma nota intermediária. No entanto, devemos ao construir essa escala “no papel” manter por escrito o E#, e só na hora de tocarmos essa nota em um instrumento tocaremos a nota F. Isso se dá pelo fato de que, na teoria musical, toda escala maior tem obrigatoriamente que ter todas as sete notas musicais – mesmo que, nesse caso acima por exemplo, a gente mantenha escrito E# e toque F na prática. Resumindo, E# é a mesma coisa que F, assim como, por exemplo, Fb seria a mesma coisa do que E, Cb a mesma coisa que B e B# a mesma coisa que C.

Com essas explicações você já está apto a construir escalas maiores em diversos outros tons! Treine construí-las “no papel” e também tocá-las em seu instrumento na prática. Até a próxima aula!

 

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